quarta-feira, 25 de março de 2015

COMUNIDADE SURDA / LIBRAS

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A comunidade surda ainda enfrenta muitas barreiras e há pouco tempo que os seus direitos foram reconhecidos. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) só foi reconhecida como a língua oficial dos surdos em 2002, ou seja, muito tarde, se pensarmos que pessoas surdas existem desde muito tempo e que passaram todo este tempo sem serem reconhecidos como surdos e com a necessidade de se adequarem à sociedade “ideal” ouvinte.  
Todos os anos, no dia 26 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Surdo, devido a inauguração do Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro em 1857, atualmente conhecido com INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos). Internacionalmente esse dia é comemorado em 30 de setembro.   




Essas comemorações refletem a luta da comunidade surda, ao longo de vários anos, pela garantia de seus direitos e liberdades e a conquista gradual do que podemos ver hoje, como: a modificação da nomenclatura, surdo-mudo apenas para surdo, já que é possível que o surdo fale, embora tal conceito permaneça na sociedade por falta de conhecimento ou preconceito; a diferenciação entre deficiente auditivo (apresenta grau parcial de surdez, apresentando uma porcentagem audível) e surdo (indivíduo que não apresenta nenhum grau de audição) e o estabelecimento da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) como língua verdadeira, constituída por regras fonológicas, morfológicas, semânticas e pragmáticas.         

As barreiras encontradas pelos surdos ainda são muitas, mesmo existindo diversas leis que requeiram a igualdade deles em relação a todos os ouvintes e que preveja que adaptações devem ser feitas para que esses indivíduos se integrem à sociedade, principalmente, no âmbito educacional. E muitos órgãos, como o INES e a FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos) têm sido criados para atender as necessidades desses indivíduos, uma vez que a prática tem sido bem diferente da teoria estabelecida pelo governo federal. O ato de incluir socialmente esses cidadãos vai muito além do que o previsto no papel: devem ser realizadas grandes transformações sociais e educacionais para que eles sejam plenamente aceitos. E é com essas transformações que a comunidade surda conseguirá atingir seus objetivos de terem atendidos os seus direitos mais básicos como transporte, educação, lazer e serviços, como qualquer outro cidadão.


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